Junta de Freguesia de Raminho Junta de Freguesia de Raminho

Igreja Paroquial do Raminho

Descrição

Planta longitudinal composta de três naves, cabeceira e com duas torres sineiras.

Acessos

Raminho

Protecção

Enquadramento

Urbano, na costa noroeste da ilha Terceira, no centro do povoado.

Descrição Complementar

Sobre o sobre o arco triunfal existia a seguinte inscrição " A Caridade levantou este templo: "A sua primeira pedra foi lançada no dia 16 de Agosto de 1855. E abriu-se ao culto religioso a 26 de Outubro de 1861".

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Angra)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ESCULTORES: José Soares de Oliveira (1896); Queiroz (1831).

Cronologia

1474 - divisão do território da Terceira, ficando Raminho dos Folhadais no território da capitania de Angra, embora tivesse maior afinidade e facilidade de comunicação com os povos da Capitania da Praia; 1565, 08 julho - conclusão da demarcação final da freguesia de Altares, terminando um pleito que durou várias décadas; Raminho dos Folhadais continua a pertencer à Capitania de Angra, enquanto o território dos Altares, a cuja paróquia o Raminho continua a pertencer, transita para a Capitania da Praia; em termos municipais a freguesia pertence ao termo da vila de São Sebastião; 1684 - o bispo de Angra, D. frei João dos Prazeres, nomeia um cura para a ermida da Madre de Deus do lugar dos Folhadais, dada a distância a percorrer até à paroquial de São Roque dos Altares; 1694 - visitador Dr. Ambrósio de Sousa Fagundes ordena que o novo cura celebre missa, aos domingos, na ermida da Madre de Deus, no Raminho, para que a ela assistissem os fregueses que ficavam da Cruz-dos-dois-moinhos até à Fajã, fossem doutrinados e recebessem os últimos sacramentos; esta deliberação acaba por não se concretizar por falta de aprovação régia, gorando-se assim, a ideia de erguer na canada do Esteves a ermida da Madre de Deus; 1831, 03 dezembro - benção da imagem de Cristo crucificado, quase de tamanho natural, executada na oficina do escultor Queiroz, por 157$126, e oferecida por raminhenses fixados nos Estados Unidos; 1855, 16 agosto - início da construção da igreja, de uma nave, com colocação da primeira pedra, sendo um dos principais impulsionadores da construção o então padre José Bernardo Corvelo; 1856, 25 janeiro - alvará do governador civil Nicolau Anastácio de Bettencourt, formando uma comissão fabriqueira encarregue de angariar fundos e de conduzir a obra de ampliação da Ermida da Madre de Deus a igreja paroquial; a verba gasta na construção proveio de doações de vários beneméritos, no montante de 152$530, e de fundos públicos que Nicolau Anastácio lega; as obras de construção duram 6 anos; 1861 - conclusão da igreja; data da inscrição existente sobre o arco triunfal e atualmente já inexistente; 14 agosto - decreto transforma o lugar em curato sufragâneo; 01 outubro - provisão do bispo D. Frei Estevam de Jesus Maria criando o curato sufragâneo; 26 outubro - na benção da igreja sai uma procissão dos Altares com a imagem de São Francisco Xavier para a nova igreja do Raminho, onde se celebra a primeira missa, sendo os sermões pregados pelos reverendos José Prudêncio Teles Bettencourt, tesoureiro-mor da Catedral, e João Lourenço da Rocha, vigário de Santa Bárbara; 1870 - extinção do concelho de São Sebastião, passando o Raminho a pertencer ao concelho de Angra do Heroísmo; 1878, 11 julho - apesar de forte contestação por parte da população dos Altares, Raminho é elevado a freguesia; depois de vários conflitos entre as freguesias e do marco de delimitação ser movido e destruído várias vezes, o limite acaba na boca da Canada dos Morros, na Cruz do Marco, ficando o Treatro do Meio no Raminho e a Canada dos Morros nos Altares; 1879, 26 maio - benção do cemitério, abaixo da igreja; 1880 - elevação a paróquia independente; a paróquia começa a funcionar na 1.ª dominga da Quaresma, com missa cantada, Te-Deum e sermão pelo Pe. Alves da Silva; 17 julho - provisão do bispo D. João Maria Pereira Amaral Pimentel criando a Irmandade de São Francisco de Assis no Raminho; 1880 - 1888 - o vigário o Pe. João Bernardo Corvelo de Ávila tem a ideia de ampliar o templo; 1882, 28 junho - delimitação da freguesia com colocação de marcos nas canadas dos Morros, na Ribeira dos Dois Móios e à entrada da canada do mesmo nome; 1890 - início das obras de transformação e ampliação da igreja, que passa de uma para três naves, sendo o grande empreendedor da obra o então vigário Augusto Pereira da Silveira; este transforma a residência paroquial, erguida pela curo José Maria da Costa, com esmolas da freguesia; 1896, 05 maio - data da chegada da imagem da Imaculada Conceição, feita pelo artista portuense José Soares de Oliveira, e paga com o dinheiro da procissão da penitência, que para tal não se realiza; 1898, 12 novembro - decreto com a primeira referência oficial à freguesia do Raminho; 1908 - data do retábulo-mor e outras benfeitorias interiores, como a conclusão do frontispício da igreja, enobrecido com o escudo dos Xavieres de Espanha, em mármore, sendo vigário José Martins de Simas; 1929 - aquisição de uma outra imagem do Senhor dos Passos para sair na procissão, das imagens da Senhora da Saúde, de Santo Amaro e de Santa Inês, sendo vigário José Martins de Simas; 1933, janeiro - 1936, maio - o Pe. Inocêncio Enes, dos Altares, em regime de acumulação, dirige também a freguesia de Raminho; séc. 20, meados - compra do sacrário por 20.000 escudos; 1957, 13 outubro - entronização da Senhora de Fátima com solene festividade, sendo a imagem oferecida pelo Pe. José Vieira Cardoso; 1965 - o Pe. Carlos Pacheco Lopes adquire vários paramentos para a igreja e a imagem de São José, oferecida por Manuel Vaz Barcelos, em colaboração coma Junta de Freguesia e o Município; 1969, 06 julho - inauguração da eletrificação da freguesia; 1980, 1 janeiro - sismo provoca danos generalizados na igreja; 1984, 23 setembro - inauguração da igreja após as obras de recuperação.

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